Já o sol raiava às 5 da matina quando um pequeno gnomo siberiano irrompe pela porta do vagão e sem dó nem piedade grita: IRRA que a porta está fechada!Abram!!Vamos tomar o pequeno almoço ao bar! Ao que um ser do sexo feminino de um metro e quarenta responde ao apelo, ainda com cheiro a peúgas (ver post anterior quanto ao cheiro): Uó men shuíjiáó Picos san e Paiva san (leia-se: entre que o Picos e o Paiva estão a dormir.).
Após a debandada do pequeno Siberiano, Picos e Paiva olham estupefactos um para o outro e desvenlindram: Chiça!!!Que desvelindranço foi este?O gnomito está maluco!Ainda é muito cedo!!! Ao que parece veio-se a saber por portas travessas que já às tres da manhã esse tal indivíduo já havia feito uma primeira investida junto de Pauling. Convém referir que o bar apenas abria às 6 e 15 da matina:)
Viagem completa, Pequim espera-nos!!
Mal chegámos tivemos o primeiro contacto com a vasta, complexa e eficiente teia mafiosa chinoca liderada pelo Mandarim – O rei da penugem! A sua escória conduziu-nos então para os seus aposentos de luxo segundo os padrões da China do séc. XII.
Instalados na suite presidencial do famigerado hotel de menos 3 estrelas “CLÃ PENUGEM SHERATON HOTEL“, tivemos o nosso primeiro contacto com as respectivas instalações que passamos a descrever:
1. Quarto com entrada principal que dista espaçosos e confortáveis 10 cm da primeira cama, e 25cm da segunda, com disposição paralela.
2. Lençóis com manchas amarelas delineadas à mão, dispostas segundo os mais altos padrões de acupunctura oriental.
3. Decoração com figuras míticas da dinastia DISNEY MING, como por exemplo: Rato Ming, Pato Donald à Pequim, entre muitos outros..
4. Sanita requintadamente preparada para entupir na primeira utilização, com pedaços de papiro higiénico, entre outros pedaços…
5. Chuveiro com cabo inox de 25 cm, com sistema automático de escoamento, vulgo ralo, posicionado de forma estratégica no chão da casa de banho (entenda-se, não havia banheira ou poliban).
Posto isto, resolvemos alugar 4 veículos de luxo para nos acompanhar nas nossas deligências. Basicamente arranjamos 4 bicicletas! De mapa em riste, partimos directamente para Tiananmen e a sua Cidade Proibida. Estacionando os veículos nos arredores do perímetro circundante, fomos conhecer esse pequeno mundo dos imperadores chineses das dinastias Ming e Qing. É de facto estrondoso a dimensão dos templos, praças, pagodes, pagodes, pagodes, pagodes…que por aqui foram construídos. A cidade proíbida estava repleta de pequenos chineses de chapéus de diversas cores, que seguiam as suas respectivas guias de bandeira erguida e megafone em riste, fazendo distorção em todas as frequências reconhecidas pelo ouvido humano. Cenário apenas comparável com as edições dos saudosos Jogos Sem Fronteiras, faltando apenas o Iládio Climax.
Depois de muito palmilhar, regressámos felizes e contentes para junto das nossas máquinas, só que nem todas estavam lá. É verdade, tinhamos acabado de ser GAMADOS em plena praça de Tiananmen (um dos sítios mais vigiados do mundo), á grande e á chinesa. O bólide do Rafa tinha misteriosamente desaparecido. Nada havia a fazer, a não ser enfrentar o clã da penugem e dar-lhe a terrível notícia sobre o que havia acontecido. Montado no lugar do pendura, mais conhecido por parte de trás da bicicleta, Rafa cavalgou a “passo doble” no maquinão de Picos San. É de referir que esta máquina não possuia qualquer sistema de travagem, ou de arrefecimento, embora possuisse uma buzina que iremos tentar levar para Portugal (uma história a deslinvindrar).
Foram 20 minutos intensos de pura adrenalina a tentar que o clã da penugem se pronunciasse sobre a resolução deste problema. Conclusão: regateamos o roubo da bicicleta…
Rafa escolheu um novo bólide, estranhamente IGUAL ao anterior, e voltámos para os apinhados cruzamentos de Beijing (Pequim). Foi a loucura!
A orientação dentro da cidade não é de todo fácil, regendo-se pela regra da direita, esquerda, frente e trás. Niguém se orienta! Imaginem o que é andar numa cidade onde os nomes das ruas são imperceptíveis, as pessoas náo falam Inglês e fogem de nós quando abordadas e onde o mapa da cidade está parcialmente cartografado. Foi preciso 1 hora para darmos com o centro de informações turísticas e mais 1 hora para que nos conseguissem emitir 4 bilhetes de avião para Guillin.
Descobrimos por acaso as “docas” de Pequim, onde jantámos a bela da comida chinesa, num restaurante que aparentemente e segundo o Paiva estava vazio (para a próxima convinha que olhasses para a sala de jantar e não uma outra sala qualquer!). Correu tudo bem e não fosse o arroz deslavado, este teria sido um jantar perfeito.
O regresso proporcionou-se à noite pelas ruas de Pequim, por volta das 23h30, onde os nossos bólides deslizaram à velocidade da luz, que era emitida através de uma pequena lanterna acoplada no cestinho das compras do Picos. A corrente saltou várias vezes de diversas bicicletas, o que fez com que as nossas mãos, caras e roupa ficassem extremamente oleadas.
Em Tiananmen vimos um papagaio.
Chegámos 10 minutos antes do recolher obrigatório das bicicletas e de mais de 98% da população chinesa. Embora a chegada tivesse sido tardia, ainda deu tempo para assistir a um “peepino show”, ofertado pela famosa recepcionista “Mau Zhinha Passa Para Ca Guy Ta”, que sempre que sentia a presença de dinheiro, iniciava o ritual do “esfrega, esfrega as mãozinhas” e do “passa para cá a guita”, dando pulos de alegria que não ultrapassavam os 5 cm de altura, mas que permitiam o vislumbrar do seu bigode por de trás do pequeno balcáo. Este show consistiu no manjar sensual de um pepino, verde, farto e suculento, ao som de Tony Beijing.
E foi assim o nosso primeiro dia em Pequim, a cidade dos Pagodes, e Pagodes…e Pagodes…
O pessoal todo
com esta leitura qualquer dia deixo de perceber se fui realmente convosco à china…até parece que sentimos tudo o que vocês estão a fazer ….DOIDOS!!!!!!!! olha…divirtam-se 😛
lololol
tou desejosa de ver fotos!! Já vos estou a imaginar a ficar de olhos em bico… eheheh
bjocas grandes pra todos!
Luis,
Por todas estas descriçoes deduzimos que está tudo a correr bem, melhor não seria possível. Tudo de bom e do melhor, grande qualidade de serviços, enfim, melhor só mesmo na China.
Por aqui está tudo bem. Ainda nao temos computador.Está para breve. Beijinhos de todos.
Cat
Interesting post…found your post on yahoo and i’ll come back for sure