Foi na passada sexta-feira que a minha mãe que se encontrava em Paris com 2 professores amigos resolveu vir passar um dia a Bruxelas com o filhote:) Os bilhetes de TGV não são assim tão baratitos, mas vale sempre a pena né!!
Nesse mesmo dia e à hora do almoço resolveram ir almoçar a um restaurante ali no centro cuja sopa, não se sabe bem porquê não lhe caiu muito bem…Conclusão, ficou no hospital até sábado 🙁 Felizmente está tudo bem e não passou de um susto.
É verdade, os meus papás agora deram-lhe para me fazer surpresas destas 😉
Agora que já contextualizei, aqui vai o cerne do post…
Na cama ao lado da minha mãe estava uma rapariga de origem Muçulmana, acompanhada precisamente por 3 homens que seriam, presumimos nós, seus familiares. Até aqui tudo bem…
A rapariga estava num estado psicológico e físico muito complicado, alternando entre respiração ofegante e fortes ataques que faziam brutalmente tremer a cama enquanto os familiares a seguravam…
Seria epilepsia, um ataque de pânico…não sabemos… Apenas sabemos que nenhum médico, enfermeiro ou enfermeira estava autorizado pelos familiares a entrar nas cortinas que rodeavam a cama.
Eram 18h quando a miúda sofria um pleno ataque quando os seus familiares ligaram um rádio que recitava a oração (Salat) regular desta religião.
Eu, a Raquel, a minha mãe e os próprios médicos e enfermeiros ficámos impotentes perante a situação…
Para quê levar alguém a um hospital e recusar qualquer tipo de ajuda/tratamento ???
Sabia que esta linha divisória existia para algumas religiões, mas sentir na pele o efeito dela é muito forte.
bjs e abraços
LM
So te digo que nao sabia dessa situacao e realmente nao se compreende como e que em pleno Sec. XXI estas situacoes ainda estao visiveis aos olhos de todos e ainda sucedem.
O caminho em direcao ao que esta certo e muito dificil, mas, quando conquistado, torna-se uma enorme gratificação para o ser humano…deixo-vos com esta reflexao…
Bom, mais valia a moça ter ficado em casa, do que ali a gastar recursos! Mas não há leis que protejam as pessoas contra o “impedimento” de auxílio médico?
mmmmm
Quantos aos sustos, foi mesmo só isso, e pelos vistos já passou! 🙂