Olá a todos,
Hoje acordámos infelizmente com dores de cabeça mesmo apesar de nos estarmos a sentir melhor, no entanto, e como tínhamos este dia inteiro em Cusco resolvemos ir tentar conhecer 3 lugares Inca perto da cidade. Estes três lugares fazem parte de um pacote turístico base chamado “City Tour”, mas como normal, não nos metemos nesses pacotes… preferimos ir nós e ver as coisas ao nosso ritmo e passo, sem ter de levar com algum grupo de 30 chineses por azar!
O plano era ir a pé, mas o primeiro lugar ficava a 2 km da praça central, mas sempre a subir, e depois das primeiras 10 escadas, a Marisa começou a sentir a cabeça com uma dor muito forte, ou seja, não estávamos ainda aclimatados para fazer esforço físico… Por sorte naquele lanço de escadas estava um restaurante fechado, com uma pessoa a lavar o chão lá dentro. Bati à porta, ela chamou o dono (Luciano), que ao perceber que precisávamos de um sítio para recuperar abriu a porta, preparou-nos um chá de coca, sentou-se ao nosso lado a falar connosco a ajudar a resolver aquela situação. Que simpatia, amabilidade… Ajudou-nos a definir o plano de ataque para podermos ver os lugares Incas sem grande esforço físico e foi connosco até à rua procurar um táxi, falar com ele e conseguir-nos o melhor preço para que ao invés de subirmos a pé, ele nos levasse até ao último local, e depois descessemos a pé, cujo esforço seria bem menor.
Assim foi, seguimos para Tambomachay onde vimos um templo Inca da água. Simples, bonito e calmo! Incrível é que até hoje os cientistas não sabem de onde provém a água que ainda hoje corre. Se de um glaciar a uns 20 kms de distância, se de uma nascente, se do subsolo. Ela corre sempre ao mesmo caudal. Quando uma senhora na rua de acesso ao templo e que estava a vender tecidos na rua se apercebeu que a Marisa ainda não estava perfeita da dor de cabeça, no regresso ela já tinha para nós umas ervas, espécie de menta, para mascar, que teoricamente ajudavam e sem querer nada em troca… Este povo é muito bom 🙂
500 metros ao lado, outra construção Inca, desta feita de nome Pukapukara, um antigo checkpoint militar, a 3700 m de altura com uma grande vista para todo o vale, e que era uam estrutura militar e um ponto de passagem de caçadores pois existiam algumas construções de pequeno armazéns ali perto.
Apanhámos um autocarro na estrada principal, que nos deixou 4 km abaixo num lugar chamado Q’Enqo, um lugar pequeno mas muito estranho, dado ter sido completamente escavado nas rochas, com vários Zig Zags, e que vão dar a uma parte principal central, usada para cerimónias Inca. Mais uma vez, este lugar está especialmente colocado com uma vista priveligiada sobre Cusco! O trabalho para esculpir aquilo tudo diretamente na rocha é de loucos…
Para terminar em beleza, Sacsayukan, uma brutalissima fortaleza ainda muito bem preservada, palco de vários confrontos entre Incas e Espanhóis, e que foi muitas vezes o último reduto de defesa dos Incas, apesar de não o suficiente. É uma estrutura enorme, com milhares de rochas trazidas de vários lugares, construídas de forma antisísmica. O que vemos hoje são 20% daquilo que existiria… É que na ocupação colonial, grande parte da fortaleza foi levada para Cusco, pois as pedras eram ótimas para as novas casas. Por outo lado, não levaram as maiores… há pedras com 300 Toneladas! Arrastem lá isso!!!
Algum tempo depois e no pico do calor, lá descemos a pé por entre aquelas ruelas a pique de Cusco, e conseguimos tirar fotografias de um ângulo diferente de Cusco, aqui esta uma das que gostámos mais.
Durante a tarde deambulámos pela parte religiosa da cidade, vimos a monstruosa catedral de Cusco (Não permitem fotografias), e pelas 18h fomos ao briefing da Alpaca Expeditions conhecer o nosso guia e obter todas as informações sobre os próximos dias, dedicados a uma caminhada de 45 km entre os vales sagrados de Cusco e a trilha Inca.
A ver vamos se nos aclimatamos à altitude finalmente que isto até hoje não foi fácil!
Bjs e abraços,
Luís M.
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